quarta-feira, 18 de junho de 2014

Hoje na História, 18 de Junho, comemora-se o dia do Tambor de Crioula


Nesta quarta-feira (18) comemora-se o dia do Tambor de Crioula, que é reconhecido desde 2007 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural brasileiro.
O som é contagiante. A dança hipnotizante. O canto é improvisado. A descrição é comum para quem experimenta pela primeira vez uma apresentação do Tambor de Crioula. No Maranhão, a manifestação se apresenta livremente, não tendo uma época fixa. Há uma concentração maior dos grupos durante o Carnaval, nas Festas Juninas e nos rituais de morte do Bumba-meu-boi. Em São Luís, mais de 100 grupos estão oficialmente cadastrados nas instituições culturais.
Antigamente, as brincadeiras de Bumba-meu-boi e o Tambor de Crioula – as manifestações mais representativas do Maranhão – aconteciam sempre juntas. Identificam-se influências de uma em outra, descritas por vários estudiosos do assunto, presente nas cantigas, no ritmo dos toques e das danças e nos adereços, entre outros aspectos.
A dança se apresenta com as mulheres posicionadas em semicírculo diante dos tocadores. Quando o tambor começa a tocar, acontece uma comunicação corporal, musical e instrumental entre os participantes. Cada uma das dançantes, conhecidas como coreiras, é chamada ao centro da roda, quando acontece a punga (umbigada) – gesto entendido como saudação e convite que provoca as outras coreiras e os tocadores. Segundo estudos antropológicos, tal dança tem forte ligação simbólica com a feminilidade e a fertilidade.
O Tambor de Crioula é ancestral e remonta ao período da escravidão. Está incluído nos registros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como expressão dentro das classificações derivadas, originalmente, do batuque, pela polirritmia dos tambores, no ritmo sincopado, nos principais movimentos coreográficos e na umbigada. Os elementos rituais do Tambor permanecem vivos e reitera valores culturais afro-brasileiros.
A festa será marcada pela Alvorada dos Tambores, que começa a partir das 7h, na Praça do Pantheon, em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, no Centro. Nesta edição do evento, os grupos “Arte Nossa”, “Brilho de São Benedito” e “Tambor de Crioula do Oriente” se apresentam na festa.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Conselho Tecnico de Saude do Povo Negro - Secretaria de Saude


Nosso querido Presidente Pai Moacir de Xango, atuanto na aprovação do regimento interno do Conselho Tecnico de Saude do Povo Negro da Secretaria de Saude de Campinas 
O Conselho de Desenvolvimento da  Comunidade Negra atuado pelo nosso povo!







sexta-feira, 6 de junho de 2014

Racismo institucional impede o combate à violência contra jovens negros


Eunice Calazans/FCP
“O racismo institucional é um dos grandes desafios do país”. Com esta frase, Larissa Borges, coordenadora do Projeto de Articulação Nacional do Plano Juventude Viva, embasou sua fala no segundo dia do 1º Encontro Nacional de Núcleos de Formação de Agentes de Cultura (NUFAC) promovido pela Fundação Cultural Palmares (FCP) em Brasília.
De acordo com Larissa, o caminho escolhido para o enfrentamento à violência racial precisa ser repensado sob o ponto de vista da prevenção. De acordo com dados do Projeto, a cada meia hora morre um jovem negro com idade entre 15 e 29 anos no Brasil, o que corresponde a aproximadamente 18.000 mortes ao ano de pessoas com esse perfil.
Ela comparou o número de jovens mortos aos dados da mortalidade infantil no país. “Reduzimos significativamente a mortalidade na primeira infância, mas não a questão da segurança. Os altos índices de mortalidade foram transferidos para a adolescência e a juventude”, disse.
A especialista alertou ainda para as tentativas “frustradas” de controle da violência e como exemplo falou das campanhas de desarmamento realizadas pelo Governo. “Os números de homicídios caíram, porém entre os jovens assassinados o número de negros ainda é muito alto, o que se caracteriza como genocídio, explicou.
Para Larissa, a  estratégia de enfrentamento à violência contra os jovens negros se caracteriza como um dos grandes desafios sociais. “Não é possível combater violência com agressões ou repressão “, ressaltou lembrando os inúmeros casos em que é evidenciado o despreparo da Polícia. “Com racismo não existe democracia”, concluiu.
Aperfeiçoamentos – Dentro do debate de que a prevenção é o caminho no enfrentamento à violência, o coordenador do projeto pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Felipe Freitas, comentou sobre o discurso existente de que as ações do Governo não funcionam. “As ações existem e funcionam, mas não para todos”, alertou.
De acordo com ele as comunidades tradicionais são importantes espaços de preservação dos princípios e precisam ser vistas como estratégicas. “Precisamos pensar o papel dessas comunidades no processo de educação das novas gerações”, afirmou. Ele também reforçou que os Núcleos de Formação de Agentes de Cultura (NUFACs) permitem o debate de questões como estas. ” O NUFAC é o melhor programa de prevenção à violência contra a juventude negra na atualidade”, comple

Lei que oficializa Hino à Negritude é sancionada

Data: 05/06/2014
De autoria do professor Eduardo de Oliveira, o hino foi criado há 70 anos e agora fará parte de cerimônias voltadas à população negra
“Fica oficializado, no território nacional, o Hino à Negritude, de autoria do professor Eduardo de Oliveira”. É o que dispõe a lei nº 12.981/2014, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff no dia 28 de maio. A partir da publicação, o Hino passa a ser entoado em eventos oficiais relacionadas ao tema.
O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de maio. Na ocasião, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) promoveram um ato em Brasília, para celebrar a conquista.
As muitas tentativas realizadas por Eduardo de Oliveira, ex-membro do CNPIR já falecido, para aprovação do “Hino à Negritude” remontam aos anos sessenta e na homenagem prestada sua execução contagiante dava provas de força e a atualidade.
Para a ministra Luiza Bairros, “vários autores já destacaram o papel que museus, censos e hinos podem cumprir no fortalecimento da identidade nacional. O poeta e professor Eduardo Oliveira, com uma visão pluralista e abrangente, teve a sensibilidade de perceber isso e persistir no reconhecimento de sua valiosa contribuição, durante décadas de ativismo”.
“Pois que as páginas da História/ São galardões aos negros de altivez” são versos do refrão do Hino à Negritude. A homenagem prestada pela SEPPIR/CNPIR ao autor, com a unanimidade de todos os oradores, cumpriu também o papel de reconhecimento público a um “negro de altivez”, a que se destinam as páginas da história.
Ouça o Hino da Negritude no Youtube.
Conheça o texto do hino:
I
Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É uma imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
II
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lhe destinou
Belo e forte na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a solenidades Para o bem de nosso país
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
III
Dos Palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo Tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da Mãe-África
Arunda dos deuses da paz
No Brasil, este Axé
Que nos mantém de pé
Vem da força dos Orixás
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
IV
Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heroico labor
todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor por vir
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São Galardões aos negros de altivez.
em todo território nacional. A ideia surgiu a partir do projeto de lei do deputado federal Vicentinho (PT – SP).
A composição do hino começou em 1940 pelo professor Eduardo Ferreira de Oliveira. A canção homenageia a luta da população negra e cita, por exemplo, Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. Eduardo de Olveira morreu em 2012, aos 86 anos, e não chegou a ver o seu hino oficializado no Diário Oficial
A partir de agora, o hino será entoado em eventos que envolvam a temática negra. Conheça o texto do hino:
I
Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É uma imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
II
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lh destinou
Belo e forte na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a solenidadesPara o bem de nosso país
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
III
Dos Palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo Tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da Mãe-África
Arunda dos deuses da paz
No Brasil, este Axé
Que nos mantém de pé
Vem da força dos Orixás
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
IV
Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heroico labor
todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor por vir
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São Galardões aos negros de altivez.